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Adeídes Rodrigues Pereira -

Redes Sociais, a nova Sodoma e Gomorra

Sem nenhuma dúvida a internet foi a grande invenção do final do século passado. Ela promoveu uma enorme revolução em todos os setores, aproximou pessoas, agilizou processos, interligou negócios e permitiu uma mudança nunca vista nas comunicações. Mas nem tudo é perfeito!

Com o advento desta revolução promovida pela internet, também vieram outras coisas e algumas ferramentas, que aparentemente eram pra ser ótimas, mas que graças a nossa pouca cultura são subutilizadas ou na maioria das vezes usadas para o mal.

Entre estas ferramentas estão às redes sociais. Elas mudaram praticamente tudo. Extinguiu a velha e tradicional carta, escancararam nossas vidas, tornou explicito o que nunca imaginávamos mostrar ou falar a alguém. Elas deram cara e voz a pessoas que pareciam estar dentro de um casulo.

Se por um lado isto é muito bom, por outro, mostra uma face terrível, nos coloca desnudados. Remetem-nos a um estado que nem mesmo nós conhecemos direito. Elas transformam pessoas simples em verdadeiros algozes. Tudo por acreditarem numa tal “liberdade de expressão”.

Os usuários destas redes sociais, membros da chama “Geração Y”, se utilização deste recurso constitucional de forma desmedida e em muitos casos até criminosa. Basta vermos o que fazem indivíduos que se sentem traídos ou abandonados por parceiro (a), logo uma enxurrada de vídeos ou fotos íntimas estão jogados para o mundo inteiro, ver, rir, fazer piada e depreciar seu semelhante.

Em casos mais absurdos e não menos nocivos, vemos pessoas usarem essa ferramenta social para depreciar seu grupo de convívio, seu bairro, sua cidade e até mesmo seu Estado ou país. Não é pequeno o número de pessoas que as usam não para expressar sua indignação, mas para depreciar, ridicularizar. Pior, acham que estão fazendo bonito.

Ultimamente, podemos afirmar que as redes sociais se tornaram o “lixão” da vida humana. Assim como as cidades têm seus lixões chamados de aterro sanitário para receber o que descartamos, elas estão para a vida eletrônica, recebendo todo o lixo que postamos. A balburdia, a irresponsabilidade de parte dos usuários, faz com que desistamos desta ferramenta. Pouco se pode acreditar no que se vê ou recebe por elas. Assim como Sodoma e Gomorra, cidades que existiram às margens do Mar Morto e foram destruídas por Deus graças aos pecados e vida desregrada de seu povo, parece que as redes sociais vieram para serem a Sodoma e Gomorra dos tempos modernos.

A “Geração Y” precisa entender que rede social não é terra de ninguém. Que lá também se deve respeito e deferência ao próximo, por mais distante que possamos estar. Sempre por trás de uma pessoa há uma família, um sentimento, um grupo social. Espero que as redes sociais não precisem ter o mesmo fim que Sodoma e Gomorra – a destruição total. E que também não sirvam de destruição em massa, como uma bomba nuclear. Resista se puder.

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