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Polícia Civil prende padrasto por estupro


Polícia Civil prende padrasto por estupro

No final da manhã desta terça-feira (4), homens da Polícia Civil de Goiatuba prenderam o jovem Odair José dos Santos Júnior, 24, o Júnior, suspeito de prática de estupro de vulnerável, que estaria sendo praticado contra suas duas enteadas, duas meninas, uma de 8 anos e outra de 10 anos. Segundo o delegado de Polícia, Gustavo Carlos Ferreira, os crimes eram praticados dentro da própria casa, principalmente no período vespertino, quando a mãe das meninas não estava em casa por trabalhar fora e elas já terem voltado da escola.

O delegado revelou que há 15 dias recebeu a denúncia da própria mãe e começou a apurar o fato, inclusive pedindo o exame para comprovação do estupro, sendo que o mesmo comprovou a conjunção carnal.

As meninas relataram ao delegado que Odair sempre cometia os abusos retirando suas roupas e acariciando as partes íntimas. A menina mais velha relatou que era abusada desde os 6 anos e que sofria ameaças por parte do padrasto.

Segundo o delegado Gustavo, a mãe informou que só agora ficou sabendo do fato porque a filha relatou a ela após a separação deles e que mesmo assim o suspeito continuava aliciando a menor. Revelou também que por algumas vezes se separou de Odair, mais sempre os dois acabavam voltando. Ela não revelou se as separações eram por conta dos abusos contra as filhas. O mais incrível é que Odair tem uma filha de 5 anos com a mãe das crianças abusadas. A Polícia Civil e o Conselho Tutelar vão continuar as investigações para apurar outras responsabilidades.

Dr. Gustavo revelou que ao tomar conhecimento dos fatos começou a investigar o caso, inclusive checando às conversas do padrasto com a enteada mais velha através da rede social, com conteúdo sexual, onde o mesmo relatava o que fazia com a criança e a chamava para “fazer de novo”. Também foi apreendido o celular do suspeito onde há fotos eróticas de várias garotas.

Após expedição de Mandado  de Prisão Temporária, Odair foi detido e levado à Delegacia de Polícia, onde prestou depoimento. Durante algum tempo tentou negar as acusações, mas quando foi colocado frente às provas construídas por ele mesmo, como o diálogo com a enteada pela rede social e a postagem de foto do seu órgão genital, não teve mais como negar e confessou o crime. O jovem está preso e segundo o delegado Gustavo Carlos Ferreira, o crime de estupro de vulnerável é tipificado pelo Código Penal, artigo 217 – A, com pena de reclusão de 8 a 15 anos. As crianças estão sendo assistidas pelo Conselho Tutelar.

Perigo de crianças nas redes sociais

O delegado Gustavo Carlos Ferreira ressaltou que é cada vez mais comum às pessoas procurarem a delegacia denunciando crimes sexuais ou cibernéticos envolvendo crianças e pré-adolescentes, os quais têm como origem as redes sociais. Segundo o delegado, os pais estão permitindo seus filhos criarem perfis nas redes sociais e não estão tendo controle do que essas crianças fazem nas mesmas.

Para o delegado, criança não deve ter acesso à rede social, mas caso os pais deixem ter, eles precisam ter as senhas e também controlar o acesso e os conteúdos a que essas crianças estão expostas. Gustavo conta que os principais problemas estão sendo disseminados através das redes sociais Facebook e WhatsApp.

Gustavo conta que as redes sociais são terrenos sem fronteiras e o local preferido dos criminosos que atuam para encontrar crianças e adolescentes que posteriormente são levadas para o mundo obscuro do crime, onde muitas vezes são violentadas, abusadas, aliciadas para a prática de sexo e outros crimes de perfil na pedofilia.

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