Na quarta-feira (27), a Polícia Civil de Goiás, por intermédio da Central Geral de Flagrantes e Pronto Atendimento ao Cidadão de Caldas Novas e apoio de uma equipe do Grupo Especial de Investigação de Caldas Novas, efetuou a prisão em flagrante de uma mulher, responsável por uma clínica de reabilitação localizada neste município, pelos delitos de sequestro e cárcere privado, em sua modalidade qualificada, e maus-tratos.
A ação teve início após uma comunicação feita à autoridade policial, por um membro do Ministério Público de Goiás, que, em diligência no local, constatou uma série de irregularidades, como o funcionamento sem alvará dos órgãos de postura e vigilância sanitária, além de indícios dos crimes apurados. Identificou-se a presença de idosos, dependentes químicos e pessoas com deficiência mental.
No local, cercado por concertina sobre os altos muros e de portões fechados, os internos relataram à autoridade policial terem sido encaminhados – muitos retirados à força de suas residências em municípios diversos, como Uberlândia/MG, Prata/MG, Monte Alegre/MG, Itumbiara/GO, Goiatuba/GO, São Luís de Montes Belos/GO, São José do Rio Preto/SP, entre outros – e mantidos contra a sua vont?ade, mediante pagamento mensal efetuado por familiares.
Narraram, ainda, que eram forçados a ingerir medicamentos que comprometiam a capacidade física e sensorial, com a finalidade de evitar tentativas de fuga e que dormiam em quartos com as portas trancadas, além de assinar, contra a própria vontade, termos de internação voluntária.
Após a lavratura do auto de prisão em flagrante, em ação coordenada com o Ministério Público e apoio do órgão de assistência social local, foram adotadas as providências para o encaminhamento das pessoas ilegalmente internadas aos municípios de origem.
A investigação prossegue com a finalidade de identificar os demais envolvidos, viabilizando a responsabilização mediante o devido processo legal. Fonte/fotos: 19ª DRP Caldas Novas.
