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Lançadas 3 variedades de cana em Goiás

Carla Gomes (IAC)
O setor sucroenergético de Goiás e de outros locais da região Centro-Oeste do Brasil passa a contar com três novas variedades de cana-de-açúcar desenvolvidas pelo Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, com características regionais adaptadas a ambientes restritivos que incluem déficit hídrico acentuado e solos desfavoráveis para produção. As regiões Oeste e Norte paulistas também apresentam restrições semelhantes e poderão adotar as novas variedades — a IACCTC05-8069, IACCTC07-8008 e IACCTC07-8044.

A produtividade agrícola desses três materiais é de 11% a 16% superior à da RB867515, a variedade mais cultivada no Centro-Sul do Brasil, segundo Marcos Guimarães de Andrade Landell, pesquisador do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O lançamento será feito no dia 21 de setembro de 2017, às 8h30, em Goianésia, no Estado de Goiás. A partir desse lançamento, espera-se que as novas variedades sejam difundidas para todo o Centro-Sul do Brasil. Este é o vigésimo lançamento de variedades de cana do IAC.

O lançamento será realizado na área da Usina Jalles Machado, empresa parceira do Programa Cana IAC no desenvolvimento dessas três variedades. A parceria, iniciada há 22 anos, reúne trabalho científico e a expertise do Programa Cana IAC, com experimentos na área da Jalles Machado e investimentos públicos e privados. “A credibilidade do IAC e o empenho de toda a equipe são responsáveis por atrair empresas e agricultores com o objetivo de elevar a produtividade agrícola, a geração de renda e a sustentabilidade ambiental – desse conjunto resultam lançamentos como este que fazemos agora”, diz Landell. O desenvolvimento da IACCTC05-8069 teve início em 2005 e o das outras duas foi em 2007.

Produtividade e longevidade

Além da alta pro-dutividade, as novas variedades IAC apresentam grande longevidade, que deve se aproximar de dez cortes. Isto significa que o produtor terá que renovar seu canavial somente após a décima colheita – o que representa de duas a três colheitas a mais do que a média obtida nos canaviais. Esta é uma característica cada vez mais importante na canavicultura atual, segundo Landell. “Acreditamos que variedades com este perfil que estamos lançando permitam dois a três colheitas econômicas a mais, fazendo com que a renovação de um canavial se aproxime de dez colheitas”, afirma.

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