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QUEM É VOCÊ

QUEM É VOCÊ

 

A Psicologia classifica o temperamento humano em quatro diferentes tipos, a saber: COLÉRICO, SANGUÍNEO, FLEUMÁTICO e MELANCÓLICO. Esta teoria pode ter começado com HIPÓCRATES, chamado de “o pai da medicina” (460 a 370 a.C.). Apesar de ser médico ele passou a preocupar-se com os problemas psiquiátricos, reconhecendo os diferentes tipos de temperamentos das pessoas, opondo-se ao sobrenaturalismo, desenvolveu uma abordagem empírica à psicopatologia. Hipócrates marcou o início da observação da personalidade normal do ser humano, dando origem ao estudo da personalidade anormal, o interesse dele pelas características do temperamento foi movido também pela relativa negligência do problema no mundo hodierno da psicologia. Hipócrates passa a distinguir os quatro temperamentos, atribuindo a eles algumas qualidades e defeitos. SANGUÍNEO – qualidades: comunicativo, destacado, entusiasta, afável, simpático, bom companheiro, compreensivo, crédulo. Defeitos: pusilânime, volúvel, indisciplinado, impulsivo, inseguro, egocêntrico, barulhento, exagerado e medroso. MELANCÓLICO – qualidades: habilidoso, minucioso, sensível, perfeccionista, esteta, idealista, leal, dedicado. Defeitos: egoísta, amuado, pessimista, teórico, confuso, anti-social, crítico, vingativo, inflexível. FLEUMÁTICO – qualidades: calmo, tranqüilo, cumpridor, eficiente, conservador, prático, líder, diplomata, bem-humorado. Defeitos: calculista, temeroso, indeciso, contemplativo, desconfiado, pretensioso, introvertido e desmotivado. COLÉRICO – qualidades: enérgico, resoluto, independente otimista, prático, eficiente, decidido, líder audacioso. Defeitos: iracundo, sarcástico, impaciente prepotente, intolerante, vaidoso, auto-suficiente, insensível e astucioso.

Emmanuel Kant, um filósofo alemão descreveu suas idéias sobre os quatro temperamentos da seguinte forma: A pessoa sanguínea é alegre e esperançosa, demanda  muita energia naquilo que está fazendo, porém, pode esquecê-lo em seguida. Tem intenção de cumprir as promessas que faz, mas, não o faz por não tê-las levado suficientemente a sério. É muito sociável e brincalhão, mas não leva as coisas muito a sério. Cansa-se e se entedia com o trabalho, mas se entretém com coisas supérfluas. É instável e não tem persistência.

O melancólico dá demasiada importância a quase tudo, e isto é razão para muita ansiedade. Vê sempre em primeiro lugar as dificuldades fazendo de um cupim uma montanha. Não fazem promessas, tem dificuldades com o inter-relacionamento, é muito cauteloso e desconfiado, por isso tendem a não serem felizes. 

O colérico é o famoso cabeça quente, agita-se com facilidade, embora se  aborreça com facilidade, seu ódio não é eterno, sua reação é rápida mas não persistente. Está sempre ocupado, não é perseverante, gosta de dar ordens, mas não de cumpri-las. Gosta de ser reconhecido, adora ser ovacionado, principalmente em público. Dá muito valor às aparências, à pompa e à formalidade, é orgulhoso e cheio de amor próprio. É avarento, polido e cerimonioso, tem tendência a ser infeliz, pois atrai muito a oposição.

O Fleumático (fleuma = falta de emoção e não preguiça). Tem tendência a não se emocionar com facilidade, não se move com rapidez, é moderado e persistente. Suas amizades são conquistadas vagarosamente, mas as retém por muito mais tempo. Age muito pela razão e menos pela emoção. Sua felicidade ajuda-o a superar sua falta de sagacidade e sabedoria. É criterioso no trato com as pessoas, mas, geralmente consegue o que quer visto que é persistente, parece que está cedendo aos outros, mas isto faz parte da conquista de seus objetivos.

Podemos observar que o texto acima pode nos ajudar a tirar várias conclusões, principalmente no que se refere ao convívio inter-pessoal ou o conviver com os outros, lembrando que conviver é: viver com, visto que não é possível conviver sozinho. Observando os tipos de temperamentos poderemos analisar os nossos e os alheios, e,  daí tirar conclusões  que somos diferentes uns dos outros e tentar harmonizar os relacionamentos. Conhecendo o temperamento alheio poderemos entender melhor as pessoas e saber que muitas coisas que elas fazem ou o modo como se comportam fazem parte de sua individualidade.

O apóstolo Paulo, no que concerne ao convívio com os outros, aconselhou-nos o seguinte: “irmãos, no que depender de vós, tende paz uns com os outros”, ou seja,   fazendo a nossa parte para um melhor relacionamento, não podemos sofrer a “síndrome da Gabriela”, qual seja: eu nasci assim, eu cresci assim e vou ser sempre assim... Precisamos conhecer o nosso temperamento e tentar mudar algumas coisas ou características do mesmo, principalmente aquelas que nos fazem mal, ou fazem mal aos outros. Acredito que somos um pouco de cada um, aos poucos vamos assumindo características dos outros e perdendo um pouco de nossas próprias características, especialmente as temperamentais, isto ocorre por motivos variados, tais como: o amadurecer com a idade, o convívio com certas pessoas por períodos mais longos e acredito ainda que a tentativa de tentar ser igual ao outro, principalmente se este tiver características ou qualidades que não temos e que obviamente gostamos, entre outras. Também podemos ser influenciadores nas mudanças de temperamentos.

Suponho que doravante você já sabe melhor qual tipo de temperamento é o seu. Creio que em alguns casos ou momentos de nossas vidas, estes não são bem específicos, visto que podem mudar ou se misturar de acordo com a situação. Sabemos quais são as  maiores qualidades e defeitos que podemos ter, visto que o texto traz uma leve alusão ao assunto sem se deter a maiores particularidades haja vista o espaço aqui ser reduzido e não permitir um aprofundamento maior, porém, o principal objetivo desta abordagem é não só a reflexão sobre o nosso próprio temperamento, mas, tentar conhecer o temperamento alheio, creio que melhorará a convivência com os demais, especialmente com os mais próximos. Ademais, FELIZ CONVÍVIO!

 

José Antônio Soares, 1º Tentente da PM e colaborador do Goiás Interior

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