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O outro ópio da humanidade: a mentira

O outro ópio da humanidade: a mentira


O que diríamos sobre o ópio (suco, em grego): é uma substância extraída das cápsulas de diversas espécies de uma planta chamada papoula, cujo nome científico é papaver soniferum que serve como narcótico. Narcótico: que produz narcose. Narcose: estado de inconsciência produzido por meio de narcótico. Do ópio a medicina aproveita várias substancias, como a morfina, o pó de ópio é a codeína. Todos são alcalóides naturais, os alcalóides naturais serviram de base para a ciência desenvolver outras substancias, semi-sintéticas, como heroína, metadona, entre outras. Todos os opiáceos são depressores do sistema nervoso central e provocam basicamente os mesmos efeitos: analgesia (alívio da dor) e hipnose (sono). São chamados, por isso, de narcóticos (narke, em grego, significa torpor, entorpecimento). Muitas pessoas passam a usar a mentira como um remédio ou uma forma de aliviar suas mazelas diárias. Pensemos nela como um remédio, eis sua bula:

Cloridrato de mentirina

Comprimidos ou em líquido (fictício).

Uso geralmente adulto. (Mas, as crianças geralmente aprendem a usarem pelo princípio da imitação).

Composição completa:

Mentira pura disfarçada de desculpa, às vezes chamada de inverdade.

Informação ao paciente:

Mentirina apresenta em sua composição o principio da analgesia, relaxante, analgésica usada geralmente quando a pessoa tem muita dificuldade em ser sincera e verdadeira. Tem como principais indicações os processos degenerativos do caráter, da ética e da moral, crises de existência e necessidade de aparentar o que não é, pode ser coadjuvante de quadros de cauterização da moral.

Mentirina, quando conservada em condições de segredo, ao abrigo ou escondida de muitas pessoas, poderá ter sua validade aumentada. Porém, quando usada demasiadamente será descoberta e a validade diminuirá, o resultado poderá não ser o esperado, o efeito não será aquele desejado, pode prejudicar a saúde dos relacionamentos humanos.

Esta medicação deverá ser mantida muito longe do alcance das crianças.

Não acostume a usar este remédio, poderá ser muito perigoso à sua saúde.

Interrupção do uso do medicamento: caso ocorram reações adversas durante o uso do medicamento, como: rubor facial, se sentir meio sem graça, ficar com vergonha ou sentir aquele bichinho passeando na cara, interrompa imediatamente o uso, você perceberá que usá-lo não será bom. Não insista em continuar usando, pois poderá se acostumar e correrá o risco de se tornar um verdadeiro “cara de pau”.

Reações adversas: mentirina geralmente é bem tolerado para quem usa. Entretanto, as pessoas ao derredor daqueles que usam poderão se sentir chateadas e com sentimento de terem sido enganadas, o usuário perderá em pouco tempo sua credibilidade.

Contra-indicações e precauções: não use mentirina se você for portador de qualidades indispensáveis aos seres humanos, tais como: vergonha na cara, caráter, sobriedade, confiabilidade, ética, moral, entre outras.

Não use outro medicamento que contenha mentirina ou seus derivados. A terminação ina, pode indicar ser derivado de algo que cause dependência, ou seja, pode ser viciante. Muitos usuários alegam que não usam tal medicamento, dão uma desculpa e quando são pressionados dizem: ”foi só uma brincadeirinha”.

Posologia e modo de usar:

Algumas pessoas começam usando vez ou outra, como por exemplo: quando o telefone toca, manda alguém atender e dizer: diga que não estou, ou, estou no banho, entre tantas outras desculpas esfarrapadas que todos nós conhecemos. Quando menos esperam estão usando o tempo todo.

Superdosagem:

No caso da superdosagem, podem ocorrer fatores interessantes, tais como: cauterização da mente, ou seja, a pessoa passa a não sentir mais os resultados danosos do seu uso. O usuário contumaz da mentirina muda sua cosmo visão, ele passa a contar mentiras com tanta veemência que para ele aquilo é coisa natural e a mentira neste caso passa a ser uma verdade incontestável. Como no dizer popular: “uma mentira bem contada é uma verdade irrefutável”.

Pacientes idosos:

Para jovens às vezes é algo natural, para os idosos é algo vergonhoso, se bem que muitos quando acostumados não ligam para os resultados, muitos fazem até piadas com coisas do tipo, sabe como é, aquelas de pescador, de caçador,etc.

Pacientes crianças:

Infelizmente o ser humano já nasce com tal predisposição, dependendo do ambiente em que ele vive esta poderá aumentar consideravelmente, visto que o infantil vai muito pelo exemplo que o circunda. As palavras convencem, os exemplos arrastam.

Farmacêutico responsável: o diabo, sim, visto que o diabo é o pai da mentira. Segundo a bíblia, evangelho de João capítulo 8 versículo 44. Não tem certificado, (CRF) ele é enganador e usurpador.

            Grande parte das pessoas usa medicamentos sem prescrição médica, muitos são hipocondríacos, a maioria, nem sequer se dão ao trabalho de lerem a bula do medicamento. Eis aí a bula de um remédio usado pela maioria esmagadora das pessoas, o qual está trazendo grandes malefícios aos serem humanos, estamos ficando como zumbis e não percebemos os males que causamos a nós mesmos. Precisamos dizer não o quanto antes à mentirina, para que possamos ser mais saudáveis naturalmente e termos relacionamentos sinceros uns com os outros, sem precisar recorrer a nenhum artifício.

Seja pouco aos olhos de outras pessoas, mas, seja você mesmo. Para deus, temos um valor imensurável. Não precisamos aparentar ser o que não somos nem tampouco nos refugiar na mentirina. 

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